02 August 2009

Voo CO 65 para Newark

As pouco mais de três semanas em Portugal passaram, como já era esperado, muito rápido. No sábado de manhã lá estava de novo no aeroporto de Lisboa a olhar para a tabela de partidas. Verifiquei as horas do meu voo para Newark. Verifiquei o bilhete digital. Confirmava-se: um voo de cerca de sete horas a que se seguia uma escala neste aeroporto de New York por mais sete horas e um voo de cerca de cinco horas até Portland, estado do Oregon.

O meu primeiro voo intercontinental. O avião, um Boeing 777 da Continental Airlines, podia não tinha as impressionantes três filas que vemos nos filmes, mas ganhava no conforto. Esperava muito menos. O lugar era espaçoso, confortável, ficha para computador, almofada e manta e com um ecrã individual onde podia seleccionar entre 40 filmes, algumas das mais recentes séries, ouvir música a gosto ou explorar alguns jogos. Na falta de um livro, sono ou outra distracção, todos tinham com que se entreter. No que me toca vi o Diabo Veste Prada - bastante bom, ainda que sem nada de inesperado depois de ver o trailler, está quase tudo lá -, um pouco de Harry Potter e a Ordem de Fénix e revi algumas partes do Parque Jurássico e Encontros Imediatos de Terceiro Grau. E dormi. E comi. E pensei no que me esperava. E as setes horas passaram sem qualquer custo.

Claro que ajudou estar na coxia , claro que ajudou ir-me levantando de vez em quando, claro que ajudou ter dormido pouco antes e ter dormido na viagem. Mas, para o que me haviam dito, com histórias a lembrar o tempo da Inquisição, esperava muito pior. Até que gostei. Até que repetia - e repeti, sete horas depois. Fossem assim todos os voos de low-cost...

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