23 May 2009

Um passeio por Mondaino

O último passeio organizado pela universidade de Bolonha foi a Mondaino. Um dia espectacular, com excelente tempo. A vila é simpática, pequena, e localizada a cerca de 200 metros acima do nível do mar com Rimini como panto de fundo. Cumprindo a tradição, lá vimos mais um castelo da família Malatesta. Começo a achar que existe uma qualquer critério obscuro que obrigava, em tempos longíquos, a todas as localidades a terem uma construção dos Malastesta. Terminámos com chave de ouro com uma degustação de vinhos e queijos muito acima das nossas melhores expectativas. Agradece-se à universidade de Bolonha a oferta do almoço... perdão, degustação... que a ver pela qualidade e quantidade não nos teria saído em conta. O destaque foi, pois claro, o formaggio delle fosse. Mesmo muito bom. Se todas as coisas que ficam três meses num buraco na terra sabem tão bem, já sei onde acho que descobrir um local para guardar a minha fruta e legumes a partir de agora...

E, agora, é fazer a sacola de viagem porque amanhã vou rever o Leonardo e a Filipa em Valência e uma visita especial que vem de Barcelona... ci vediamo!

Alguns dos Erasmus Mundus: Catarina, Sarvesh, Juliana, Diana e um rapaz lá de Coimbra.
O tal rapaz de Coimbra e o Sarvesh com a Kasia e a Małgorzata de Varsóvia.




18 May 2009

My twilight zone moment

Eu quase juraria que os meus calções de banho já foram de um vermelho vivo que faria inveja ao David Hasselhoff no Baywatch. Mas na semana passada descubro que não tinha outra hipótese se não ir à praia com uns calções rosados. O que significa que mais dia menos dia estarei a comprar uns novos. Se é para tentar novas cores, ao menos compro em roxo, que está na moda....

Praia em Riccione

Terminada mais uma semana de trabalho na tese, agendada a reunião de trabalho e enviado o novo esboço, foi pegar na mochila e ir para a praia. Uma boa altura para variar um pouco da rotina de trabalho.
Neste caso, escolhemos Riccione por uma excelente sugestão da Caroline. Percebe-se bem porque é uma praia rica. Loja Armani. Loja Dolce & Gabbana. Bons carros. Percebe-se bem porque é uma rica praia. Espaço. Belas ruas. Boa água. Agradável.

Quem corre por gosto...

Uma semana sem aulas em Cesena, no meio de terras italianas, poderá ser sinónimo de descanso, passeios e dolce fare niente. Pode é a expressão perfeita. Com uma tese para entregar em finais de Junho, a semana foi dedicada a rever trabalhos empíricos e estabelecer novas pontes para o meu modelo.
O trabalho segue bem e os resultados da primeira fase já chegaram. Com um resultado como o que tive, valeu a pena o tempo e energia que dediquei à tese. Mas, quem corre por gosto não se cansa. E o meu tema de investigação faz-me correr com muito gosto.

Lezione

Esta semana começámos as aulas de italiano. A dúvida é se, desta maneira, sempre conseguirei regressar a Portugal sabendo um pouco de italiano. Toda a gente diz que tenho melhorado, mas acho estes comentários excessivamente simpáticos. De qualquer modo, grazie mille!

17 May 2009

Um passeio por Bertinoro

Uma das últimas viagens organizada pela universidade para os alunos estrangeiros de Cesena foi esta sexta a Bertinoro. Uma pequena cidade com um centro histórico muralhado e no cima de uma colina. Um pouco a lembrar S. Arcangelo di Romagna e, se a saudade apertar, Óbidos lá no nosso cantinho. Deve ter sido bom ter tido aqui a winter school da primeira edição no nosso mestrado, onde os alunos das cinco universidades se reunem por duas semanas para conferências e trabalhos. Em Bertinoro vimos o museo interreligioso e tivemos direito a uma prova de vinhos e da típica piadina. Um passeio simpático.

A acompanhar-nos esteve o José, que estuda agora com a nossa Carine e o nosso Francisco em Paris, e que veio visitar os colegas de Barcelona por uns dias. Será o meu compagnon de route e da comadre Tânia por terras americanas a partir de finais de Julho.

Uma espécie de "Onde está o Wally?" com o vosso amigo. Confesso que ainda não consegui descobrir a minha cabeça entre tanta gente.

O José, nosso futuro compagnon de route em Portland, e a nossa colega colombiana Diana.




15 May 2009

My twilight zone moment

Se o meu espanhol já era mau, agora quando tento dizer o pouco que sabia só sai o italiano que pouco sei... figurati, hombre!

Cause I am having a good time...

A música muda para este clássico dos Queen. Uma ou duas Itálias por dia, nem sabe bem o que lhe fazia.

Harvey & Parish

Uma das minhas artistas preferidas, PJ Harvey, a minha banda sonora oficial de viagens de carro, tem agora mais um trabalho com John Parish. Parece que estiveram há umas semanas na Casa da Música, no Porto.

O que dá para se ouvir por aí (aqui, por exemplo) revela um trabalho muito experimental, tanto desagradável e visceral como original e muito próximo do que o trabalho de PJ Harvey já nos habituou.

13 May 2009

Episode II: The return of the thesis

Pode não parecer, mas eu estou aqui para cumprir um objectivo: fazer uma tese de mestrado. Nesta última semana, recomecei os trabalhos na tese.
No domingo interrompi os trabalhos pela parte da tarde e rumámos a Cesenático para um pouco de praia - um pouco é mesmo o melhor termo, o último autocarro de regresso era pelas cinco horas.
Ver um mar daqueles, sem ondas, dá saudades do nosso Atlântico. Lá pela Figueira da Foz é frio, sim. Mas tem ondas. Lá mais acima, em Viana do Castelo, ainda é mais frio. Mas tem ainda mais ondas. Vale-nos o sol de Cesenático. O tempo aqui começa a aquecer e agora, quando vos escrevo, conta o relógio uma hora da manhã, estou no quarto de calções e janelas abertas.
Agora, é recomeçar o trabalho na tese. Não estranhem se nos próximos dias não der sinais de vida - não será desta que comi ovos fora do prazo e tive que ficar uma semana internado no hospital.
Saudades para os amigos e família em Portugal.

08 May 2009

Um salto a Verona

Com o feriado de 1 de Maio, comemorado com um pic-nic na Rocca Malatestiana, veio a vontade de passear. Por isso, decidimos organizae uma ida a Verona. Nem interessava tanto o sítio. Interessava era fugir à calma de Cesena.
No dia seguinte, sábado, pelas seis da manhã, estávamos na estação. Quer dizer, os que acordaram. Neste caso, eu e o Sarvesh.

Apanhámos o comboio até Bologna e depois trocámos num que seguiu directo para Verona, num total de cerca de duas horas e meia de viagem. Intercaladas, claro, com uma ou outra soneca que a hora da viagem exigia. Chegámos à estação e como na maioria das estações italianas, mais ou menos organizadas da mesma forma, havia um posto de turismo que nos permitiu recolher logo alguma informação básica. E um mapa que nos poderia guiar pela cidade. Guiar pela cidade? Com um mapa sim. Não com um desenho da cidade onde os nomes das ruas nunca correspondem a nenhuma das ruas que íamos encontrando. Feitas as contas, identificámos o castelo no mapa e era porque era grande e ao pé do rio.
Foi um dia muito bem passado. A cidade é muito bonita, faz-se bem a pé e, para mais, o dia estava excelente.


Aleluia! Finalmente, o Sarvesh conseguiu encontrar algo certo no mapa: o castelo da cidade.

Para minha surpresa encontro na praça principal o leão alado que simboliza a República de Veneza. Descobri depois que a cidade de Romeu e Julieta foi submetida ao domínio de Veneza em 1405 até à sua integração no reino unificado de Itália. Bem, este foi o momento José Hermano Saraiva do mês.




Como o tempo estava bom acabei por andar a pé e estacionei o meu carro algures nas ruas da cidade (esta foto foi roubada ao Sarvesh).

Murano e Burano

No domingo, dia 26, apanhámos logo de manhã um vaporetto de Veneza em direcção à ilha de Murano. Uma viagem curta, de cerca de vinte minutos. No passeio pela ilha vimos algumas das lojas com os conhecidos trabalhos de vidro da ilha e também assistimos a duas demonstrações do fabrico artesanal de peças de vidro. Uma delas foi paga mas, posso dizer, foi um dinheiro bem emprego pela qualidade da exibição. Muito diferente e, ainda para mais, com as explicações em várias línguas.




Depois seguimos para Burano, uma ilha de pescadores com casas coloridas onde a principal atracção é a Casa Bepi, conhecida pela sua fachada cheia de coloridos padrões. Almoçámos por lá um peixe frito e depois regressámos a Veneza apanhando um outro vaporetto. Mas aqui a viagem já foi mais longa e demorou, sem exagerar, uma hora e meia.
Chegámos já na hora do fecho da Basílica de São Marcos e acabámos por deixar a visita para a manhã da segunda. Ainda tentámos ir ao museu Guggenheim mas um pequeno engano na paragem do vaporetto custou-nos a meia-hora que tínhamos para chegar em tempo ao museu.
Infelizmente, em Veneza, tudo fecha muito cedo e uma viagem tem mesmo que ser muito bem organizado. Mas achámos que ter ido a Murano e a Burano valeu a pena. São realmente ilhas muito diferentes de Veneza.





No dia seguinte, a Mariana apanhou um vaporetto directo para o aeroporto. Foi uma despedida diferente, ali no cais junto da praça de São Marcos. Gostei muito de ter aqui, amor.

Um fim-de-semana em Veneza

Vista a cidade de Cesena, o pequeno estado de San Marino e apresentados os amigos e o dia-a-dia neste meu cantinho em Itália, eu e a Mariana partimos para Veneza para passar o fim-de-semana.
Apanhámos um comboio regional pelas seis da manhã para Bologna e aí trocámos para um que tinha como destino final Veneza. No compasso de espera houve tempo para a Mariana provar um cappuccino. Apesar de um pequeno imprevisto, a sorte esteve do nosso lado e, sem quaisquer atrasos, chegámos à estação de Santa Lucia na hora prevista. Duas horas e meia de viagem e cerca de treze euros. Uma viagem que pela distância, tempo de duração e conforto, em Portugal provavelmente custaria um pouco mais.

Tivemos logo uma boa impressão da cidade com a imagem do Grande Canal e a Ponte degli Scalzi num dia de sol digno de qualquer mês de Julho ou Agosto. Passados vinte minutos a caminhar pelas ruelas, sempre atentos às placas, e sem grandes hesitações, chegámos à Ponte di Rialto, o ponto de referência para o nosso hotel, o simpático e muito aconselhável Palazzo Lion Morosini. E soube-nos bem o pequeno-almoço, simples mas composto, na varanda do hotel com vista para o Grande Canal. Foi um feliz achado com um preço bem em conta para as condições e localizações. De manhã acordávamos, abríamos as portadas e tínhamos a vista para a pequena igreja de S. Giovanni Grisostomo e à noite saímos a pé e em cerca de quinze minutos estávamos na Piazza San Marco ou, em dois minutos, no Grande Canal onde, por mais estranho que pareça, um menu fica mesmo muito em conta para um jantar diferente com a Ponte di Rialto como fundo.
Veneza de noite é uma cidade encantadora, tranquila, que se faz bem a pé e é segura - se seguirmos os caminhos assinalados, existem sempre muitos turistas e ocasionalmente polícias.

Arrumadas as malas no hotel fomos em direcção à Piazza San Marco. No sábado comemorava-se um duplo feriado. Ou triplo. Se em Portugal tínhamos o Dia da Liberdade, em Itália comemorava-se a Festa della Liberazione , quando os Aliados libertaram a Itália da ocupação fascista em 1945, e em Veneza o dia de San Marco, o principal dia da cidade. A cidade estava cheia e isso via-se pela quantidade de turistas nas ruas. Tivemos sorte com o alojamento.

Desaguar naquela imensa praça onde se situam os grandes monumentos de Veneza, encontrá-la assim cheia de milhares de pessoas, num dia de sol e entre aqueles monumentos que vão da fundação da República de Veneza às Invasões Francesas é uma sensação fantástica. A Mariana gostou particularmente do Bacino di San Marco, a entrada para o mar, que se avista ao fundo junto das Colonne di S. Marco e di S. Teodoro e do Palazzo Ducale.





Feito o reconhecimento fomos almoçar. A mais tradicional comida veneziana: um McMenu degustado nuns bancos na Piazza San Marco. O McMenu é um prato de marcada influência americana, introduzido na gastronomia veneziana algures nos finais do século XX e onde não abundam nem especiarias, nem o fabuloso peixe da região. Marco Polo, esse veneziano tão aventureiro, ao introduzir a massa na dieta ocidental podia muito bem ter incluído o McChicken.
Para os que tenham mais sorte que nós e não o encontrem fechado para um almoço privado, sugere-se o restaurante Basilica mesmo nas proximidades da Riva degli Schiavoni e que tem menus de almoço muito em conta e uma fama impressionante para um restaurante com escassas semanas de vida.
Na zona, encontramos a Ca' del Sol, aquela que me pareceu ser a mais impressionante loja de máscaras de Veneza, seja na variedade, seja na qualidade e originalidade do trabalho ali feito. Os preços impressionam, mas não espantam. Comprar uma máscara não é barato, tenho mesmo ideia que os preços subiram. Pois bem, a máscara do médico da peste negra da Idade Média fica para outra vez. Em boa verdade, as condições higiénicas da minha faculdade em Coimbra também já não obrigam a uso tão frequente como dantes.


Seguimos então para o Palazzo Ducale e depois, com o pôr-do-sol a aproximar-se, subimos ao Campanille. A subida é cara mas a vista é estupenda e dá-nos finalmente uma ideia de como é Veneza, de como nasceu ali no meio de canais, pântanos e estacas uma cidade que foi uma das grandes fronteiras de negócio entre o Ocidente e Oriente. Imaginar que o mundo conhecido na Idade Média acabava praticamente ali, e ali eram recebidas as especiarias das misteriosas índias, é fazer uma viagem no tempo. A Mariana ficou realmente encantada com a vista e disse que, para ela, era uma cidade que valeria um regresso. E eu que regressava ali depois de sete anos, ainda a achar que Veneza é a mais bela cidade italiana, sorri. Pois eu também gostarei de voltar ali.

O final da tarde deu para irmos ainda à Ponte di Rialto e, depois, jantarmos nas redondezas. Um bom primeiro dia em Veneza.

San Marino

Na sexta-feira, eu e a Mariana fomos visitar San Marino. A Mariana estava curiosa de visitar, pela primeira vez, um pequeno estado e estávamos curiosos acerca dos prometidos preços baixos devido à ausência de impostos. Os preços baixos são um mito e o máximo que contrámos a preços apetecíveis foram umas tabletes de milka. As boas notícias é que a visita vale a pena pela beleza da zona histórica no topo, e apenas para visitar essa parte do estado. E ainda fizemos uma curta viagem de teleférico.



À noite, depois de uma refeição em casa, fomos ao café Nero sur Bianco com a sua cave muito caricata e estantes de livros, onde tivemos direito a concerto ao vivo grátis. No dia seguinte esperáva-nos Veneza...

Jantar em casa

Depois de conhecer as maravilhas de Cesena, poucas é certo, regressámos a casa e preparámos a casa para receber o pessoal para uma pequena festa onde a Mariana ficou a conhecer aqui os meus amigos de Cesena. A Mariana fez pão de queijo e apple crumble que foram um sucesso.

A fotografia de grupo, da esquerda para a direita e de cima para baixo: Erika, Catarina, Miguel, Sarvesh, Gabor, Juliana, Tânia, Melanie, Said, Mariana e eu. A Nursah já havia saído.



O Miguel e o Sarvesh trouxeram as suas guitarras e a Tânia brindou-nos com umas canções e até a Melanie mostrou um desconhecido talento para cantar!

Uma visita muito especial

No dia 22 de Abril recebi uma visita muito especial: a Mariana. Fui buscá-la ao aeroporto e, como já esperávamos, o voo da Ryanair chegou meia-hora mais cedo como costuma acontecer em todos os voos. Tomámos o aerobus até à estação e o comboio a caminho de Cesena. Foi bom receber o meu amor aqui neste cantinho onde tenho passado os últimos dois meses.

No dia seguinte, fomos dar um passeio pela cidade e visitámos a Biblioteca Malatestiana, a segunda biblioteca pública mais antiga de Itália, e património da UNESCO por ser a única no mundo preservada nas suas condições originais. Seguiu-se um almoço no La Stala e depois uma visita ao castelo de Cesena que aqui se chama Rocca Malatestiana e onde podemos ver a vista para a cidade. Depois, regressámos a casa para preparar o jantar.

Visitas a Cesena

Em Abril recebemos a nossa primeira visita de amigos do Erasmus Mundus. Neste caso, a Carine que agora está a estudar em Paris e que veio conhecer a Itália acompanhada do Pedro, como ela de Salvador da Baía, e da Adriana, da Argentina. Gostaram muito e nós gostamos de os ter aqui nesta cidade sem grandes atracções turísticas mas com um grande coração para receber todos os que queiram conhecer estas terras italianas.

Aqui nesta fotografia da Carine podem ver os nossos visitantes, juntamente com o "destacamento" português de Cesena, no jantar num verdadeiro restaurante italiano, o Giani.

My twilight zone moment

No regresso de Florença não escapámos a um imprevisto. Na troca de comboio em Faenza, a pressa levou-nos a confundir as partidas com as chegadas e quando nos demos conta seguíamos, alegres e felizes, não em direcção a Cesena mas no sentido oposto. Nada que uma viagem sem bilhete num comboio de regresso não resolvesse.
O mais estranho foi que nós, mostrando alguma sentido crítico, perguntámos a um senhor se o conboio ia para Cesena. Pelos vistos, o decidido sim não era assim tão confiável...

07 May 2009

Um salto a Florença

Segunda-feira 14 de Abril. Estamos em plenas férias de Páscoa. Ou melhor no meio de um fim-de-semana e dois dias livres a que alguém achou por bem chamar férias. Nada que se compare com o drama de ter quase um mês livre como os nossos amigos em Paris. Portanto, não nos queixamos e seguimos em frente na história. Falhada a ideia de irmos a Zurique, por falta de alojamento, optámos por apanhar um comboio de madrugada e ir conhecer Florença ou, como lhe chamamos aqui, Firenze. Duas horas e meia e nove euros depois estávamos na capital tuscana.

O grupo de aventureiros de Florença, da esquerda para a direita: Renata, eu, Catarina, Vanessa, Melanie e Tânia. Uma vez mais, evidente a superioridade numérica do sexo masculino. Pelo menos, no fundo da imagem.






Começámos a visita pela Basílica de Santa Maria Novella e, depois, seguimos para o Duomo. Aí visitámos o interior da igreja, com entrada livre. Impressionante aquela fachada toda revestida a mármore. Sem surpresas, a nossa comadre Tânia Fachada preferiu a fachada ao interior. Depois, dividimo-nos. A Kaline, a Vanessa e a Renata foram ver o David de Miguel Ângelo, enquanto a Tânia, a Catarina e a Melanie ficaram pela zona do Duomo. Eu, que tinha visitado Florença antes, acabei por seguir o impulso de subir à cúpula do Duomo. Uma hora na fila e oito euros depois ali estava eu a subir umas escadas íngremes pelo interior da cúpula. Aquele tipo de sítio onde não queremos partir uma perna porque dificilmente nos tiram de lá. Mas a subida já vale o bilhete. Pela experiência que é. Não necessariamente boa. Não necessariamente má. Diferente. Curiosa. E depois temos a vista que se tem de lá de cima. Fantástica. Mesmo num dia nublado como o que encontrámos.

Depois seguimos para a Piazza della Signoria onde se situa o Palazzo Vecchio, ainda hoje sede da câmara municipal, e onde está uma impressionante colecção de estátuas, incluindo uma réplica do David de Miguel Ângelo. Aí fiz as delícias da minha máquina fotográfica. A parte da tarde passámos na Galleria degli Uffizi com a sua colecção de pintura onde não faltou mesmo um momento patriótico do dia com um encontro imediato com o retrato do nosso rei D. Sebastião. A viagem terminou com a passagem obrigatória pela Ponte Vecchio. No melhor momento do dia: uma excelente luz de pôr-do-sol.

Esta fotografia não consegue esconder o drama que são os pedintes cegos de Florença. Ah não, espera, sou apenas eu a posar para a fotografia...

Embarcámos no último comboio para Faenza exaustos, sim, mas satisfeitos. Eu que tinha chegado a Itália com a ideia que não valia a pena regressar a Florença, descobri que estaria a cometer um erro. Pois é, sabe bem mudar de ideias...