15 August 2011

No news are good news

As poucas actualizações ao blogue querem apenas dizer que, passados pouco menos que dois meses de ter chegado, estou a reviver os meus tempos de turista acidental e bastante feliz. 



As últimas semanas foram bastante interessantes entre caminhadas com amigos por Creux du Van e Mürren, paragliding pelas terras francesas de Chamonix, passeios com tandem bikes por Nyon, banhos no lago, tardes relaxadas pelo Jardins de Anglais onde espalharam as tendas das Fêtes de Genève e outras tantos pequenos bons momentos. 




O trabalho é fantástico mas são, no fim de contas, estes pequenos grandes momentos que fazem dos meus dias suíços o que eu esperava. À bientôt.

Pedro

Fogos de artifício

As "Fêtes de Genève" terminaram no sábado, dia 13, com uns impressionantes fogos de artifício. Não bastava o espectáculo, ainda organizaram uma festa no terraço do edifício do banco... pas mal, mes amies...



Pedro

A minha Suíça

A minha Suíça tem três línguas faladas entre inglês, suíço alemão e italiano. A minha Suíça tem 26 cantões com identidades culturais, leis e hábitos distintos. A minha Suíça tem dois milhões de imigrantes numa população de pouco mais de sete milhões de habitantes. A minha suíça tem uma cidade internacional, Genebra, onde 40 por cento da população é estrangeira. A minha Suíça é tolerante.

Pedro

Como os suíços vêem os europeus?

Existe uma certa polémica em volta da imigração na Suíça. Agora, por exemplo, o simpático Partido do Povo Suíço, o SVP em alemão, anda a promover um referendo para impor novos limites e controlos à imigração.

Não me surpreenderia se num próximo cartaz deste partido do país do queijo os imigrantes europeus fossem retratados como ratinhos travessos com o seu conhecido apetite por... pois bem... queijo. Para já, é o que encontrei por terras de Interlaken num bilhete de teleférico.

Pedro

14 August 2011

My Twilight Zone Moment

Os portugueses são conhecidos pelas suas pausas para o café mas nunca vi nenhum autocarro numa cidade portuguesa como este.
Pedro

29 July 2011

Dizem que o ar puro faz bem a quem trabalha em escritórios com ar condicionado...

Podia ser por isso mas amanhã vamos fazer trekking  mesmo pelo convívio e pela impressionante paisagem do canyon de Creux du Van.
Eu nunca imaginei que algo assim fosse possível. Uma espécie de Grand Canyon em pleno continente europeu.

 
(Google Images)
Pedro

Comment c'est ici a Suisse

A Suíça é provavelmente o único país onde é possível comprar um telemóvel pagando menos que uma refeição no Mc Donalds.

Pedro

Who left the fridge open?

Percebemos que o tempo está anormalmente nublado, frio e chuvoso em Genebra quando os próprios suíços se queixam do mau tempo. 
As últimas duas semanas foram verdadeiramente estranhas: não foram um nem dois os dias em que acordei com um céu carregado e tanta humidade que nem se via o horizonte ao fundo do lago Léman como, ao almoço, o céu limpava todo e fazia e sol e, logo a seguir, já pela tarde, voltava a chuviscar. 

Isto já seria suficiente para classificar o clima de Genebra insólito, mas os meus colegas de equipa acharam por bem impressionar-me ainda mais...

(Google Images)

Não, não é um dos cenários do novo filme de Tim Burton. É apenas mais um dia chuvoso e frio de Inverno por esta cidade suíça.

Pedro

24 July 2011

Paleo ou a noite em que fomos ao maior festival de música suíço...

Esta semana fui com uns amigos ao Paleo que, viemos a descobrir, é apenas o segundo maior festival a céu aberto do continente europeu - o maior, ao que parece, é o Sziget Festival, na Hungria.
Nada de complicado mesmo com os bilhetes esgotados: uma viagem de comboio de quinze minutos desde Genebra e cinco minutos a negociar, a preço de saldo, os bilhetes bastaram para, nessa noite, ouvirmos The Strokes e PJ Harvey. Como já ia preparado, por sugestão de colegas de trabalho, com as inevitáveis botas de borracha, nem a chuva, nem a lama foram problema.

(Google Images)

O cartaz para uma semana do festival parecia uma verdadeira whishlist musical: Portishead, Beirut, The Chemical Brothers, PJ Harvey, The Strokes, Mika, Robert Plant e Bonobo, para citar apenas alguns. A pergunta é mesmo: qual o festival que se segue?

Pedro

Banca suíça

A Suíça é, dizem, o país dos bancos. Basta pensar que eu próprio trabalho num banco e a maioria das pessoas que vou conhecendo fora do trabalho trabalham quase sempre no sector bancário e financeiro. Mesmo assim, é quase impossível encontrar um multibanco na rua. Estamos muito longe da imagem portuguesa de um multibanco ao virar da esquina. 

 
Se depois formos fazer uma operação, a surpresa é ainda maior: se não for do nosso banco pouco mais se faz que levantar dinheiro e ver o saldo. Inovadora só mesmo a protecção no teclado, para permitir algum recato ao teclar o código bancário. Parece que nesta história dos multibancos os portugueses levam a melhor sobre o país dos bancos.

Fiquei, por isso, muito contente que tivessem aberto uma agência bancária com dois multibancos mesmo por debaixo da minha casa. Com uma mercearia indiana aberta até às duas, uma padaria que só abre à noite e um multibanco junto da minha porta, só fica mesmo a faltar uma farmácia...

Pedro

17 July 2011

My twilight zone moment

Uma prova de que os suíços vivem num mundo à parte: até as cápsulas de café têm um contentor para a reciclagem.

Pedro

Chamonix

Na falta do rafting que pensávamos ir fazer a Chamonix optámos por um passeio a pé pela vila francesa mesmo na base do Mont Blanc que é das principais estâncias de ski da Europa. Como não tinha levado a máquina fotográfica, mas como o cenário e o dia de sol imploravam por umas fotografias, valeu-me o telemóvel.


Pedro

14 July 2011

Pelos lados de Montreux

Aproveite uma ida, no sábado passado, ao Montreux Jazz Festival para visitar o Château de Chillon mesmo nas margens do lago Léman e com uma das melhores vistas para todo o lago.
O dia estava espectacular e deu para algumas fotografias. Com paisagens como estas se percebe como os grandes Freddie Mercury ou Charlie Chaplin escolheram um lugar como este para viver...





Pedro

13 July 2011

Comment c'est ici a Suisse

O apelo ao voto aqui na Suíça não se faz, pelo menos enquanto não começa a campanha para as legislativas deste ano, com cartazes de partidos mas com um apelo a uma democracia directa.


Só possível num país que, no ano passado, fez um referendo para decidir se o comércio aos sábados poderia estender o horário de funcionamento das cinco até às seis da tarde. Em Portugal era bom que se começasse a pensar assim.

Pedro

11 July 2011

Coisas que não compreendo neste país

A Suíça era, já há alguns anos, o meu wishful country e o mês que levo aqui tem mostrado que existem boas razões para o ser. Mas, claro, também existem coisas que não compreendo.

Falo, por exemplo, da insistência do comércio suíço encerrar às seis da tarde e aos fins-de-semana estar apenas aberto aos sábados no mesmo horário. Falo do tempo que num dia tem trovoada e chuva e catorze graus de temperatura e logo no seguinte tem céu limpo, sol e vinte e quatro graus.


Falo dos casais que têm que inscrever os filhos nas creches ainda antes destes nascerem. Falo de um copo de bom vinho custar metade do que um copo de uma boa cerveja. Falo de uma casa em Genebra, por mais simples que seja, custar um milhão ou dois milhões de francos.

Falo do governo federal que aqui é, na verdade, um colégio sem primeiro-ministro e com ministros de partidos diferentes. Falo do partido mais votado que assenta o seu pensamento político num discurso xenofóbico que faz do PNR uma espécie de partido centrista pró-imigração. Ainda assim, ou talvez também por isso, estou maravilhado com este país. 

Pedro

26 June 2011

Podia ter escrito isto

Ando a acompanhar um blogue de um outro português em Genebra. Dele trago umas palavras que podiam muito bem ser as minhas:

Emigrar. Sair do País. Sair do meu País. Sair do meu País para viver noutro (quase) totalmente desconhecido. Não sei que sentimentos era suposto isso me provocar, mas para ser sincero, a única coisa que sinto é o sabor da aventura.

Pedro

Cartes postales suisses

A primeira vez que vi aspirarem uma rua. Genebra, Junho de 2011.


Pedro

Cartes postales suisses

Passeio pelo centro histórico da cidade. Genebra, Junho de 2011.

Pedro

My twilight zone moment

Uma coisa a reter: em Genebra uma lata de salsichas não é barata e provavelmente não faz parte do cabaz do Banco Alimentar suíço. Não aconselho, por isso, que para matar saudades de um bom produto português se tente comprar uma lata de salsichas Nobre num supermercado chinês: são apenas uns modestos 13 francos suíços, ou seja, 10 euros. Uma ida ao cinema, já agora, ficaria em pouco mais: 15 francos suíços. 

As boas notícias é que num Coop de um bairro português ou num verdadeiro supermercado português os preços são mais em conta.

Pedro

Comment c'est ici a Suisse

Como bom português estou habituado a que qualquer ida ao correio não demore nunca menos de dez a vinte minutos. Mas em Genebra nos correios ao tirar a senha tenho logo a informação quando tempo irei, em princípio, esperar. 

Com dois minutos de tempo de espera e mais de dez número à frente pensei que teria, na verdade, uns cinco minutos de espera e poderei calmamente terminar de preencher os formulários do fax, que aqui estão disponíveis como os envelopes e caixas de encomenda ainda antes de chegar ao balcão, mas enganei-me: dois minutos aqui são dois minutos.

Pedro

Comment c'est ici a Suisse

Aqui e ali surgem alguns aspectos da vida suíça que me maravilham. Um deles é, sem dúvida, a iniciativa Genève Roule que permite a qualquer pessoa usar uma bicicleta gratuitamente na cidade de Genebra. Existem quatro parques distribuídos pela zona histórica da cidade e em cada um se pode levantar uma bicicleta gratuitamente por quatro horas e deixá-la em qualquer um dos parques. Passadas as quatro horas, pagam-se apenas dois francos suíços por hora. No Inverno, mesmo com o frio e chuva, um dos parques mantém-se aberto. Estas bicicletas trazem um cadeado, capacete e têm mudanças manuais - nada mau para uma bicicleta gratuita.

O melhor disto tudo?  A iniciativa destina-se também a reinserção social de emigrantes e sem-abrigo que são, assim, os funcionários destes parques. Era bom que aplicássemos esta ideia em Portugal, não?

Pedro

Play it again, Sam

O bichinho estava cá dentro e depois do que vivi e cresci em Itália e nos Estados não tinha grandes dúvidas: queria voltar a viver no estrangeiro mas desta vez já não como estudante mas como profissional. Acho que a frase que melhor o descreve é a de um amigo que, quando lhe disse que tinha sido seleccionado para um estágio em Genebra, Suíça, e iria deixar o país, não comentou um vais para fora? mas um já vais para fora? Outra vez, sim. 


A Suíça surgiu um pouco de surpresa depois de algumas tentativas, umas bem sucedidas e outras não, e em menos de três semanas estava a mudar-me de Lisboa para a Genebra. Era um risco esta mudança mas a altura era a certa e, sobretudo, o país, a empresa e o projecto profissional eram os certos. Não por acaso na lata Campbell's onde tenho as minhas canetas estavam, há já alguns meses, uma bandeira dos Estados Uunidos e uma outra da Suíça. 

No meio disto tudo, há que dar os louros a quem os merece: este estágio e esta experiência de vida só são possíveis porque a AIESEC criou esta oportunidade. O resto foi be in the right place at the right time. Portanto, esta é a Swiss Season.

Pedro