26 June 2011

Podia ter escrito isto

Ando a acompanhar um blogue de um outro português em Genebra. Dele trago umas palavras que podiam muito bem ser as minhas:

Emigrar. Sair do País. Sair do meu País. Sair do meu País para viver noutro (quase) totalmente desconhecido. Não sei que sentimentos era suposto isso me provocar, mas para ser sincero, a única coisa que sinto é o sabor da aventura.

Pedro

Cartes postales suisses

A primeira vez que vi aspirarem uma rua. Genebra, Junho de 2011.


Pedro

Cartes postales suisses

Passeio pelo centro histórico da cidade. Genebra, Junho de 2011.

Pedro

My twilight zone moment

Uma coisa a reter: em Genebra uma lata de salsichas não é barata e provavelmente não faz parte do cabaz do Banco Alimentar suíço. Não aconselho, por isso, que para matar saudades de um bom produto português se tente comprar uma lata de salsichas Nobre num supermercado chinês: são apenas uns modestos 13 francos suíços, ou seja, 10 euros. Uma ida ao cinema, já agora, ficaria em pouco mais: 15 francos suíços. 

As boas notícias é que num Coop de um bairro português ou num verdadeiro supermercado português os preços são mais em conta.

Pedro

Comment c'est ici a Suisse

Como bom português estou habituado a que qualquer ida ao correio não demore nunca menos de dez a vinte minutos. Mas em Genebra nos correios ao tirar a senha tenho logo a informação quando tempo irei, em princípio, esperar. 

Com dois minutos de tempo de espera e mais de dez número à frente pensei que teria, na verdade, uns cinco minutos de espera e poderei calmamente terminar de preencher os formulários do fax, que aqui estão disponíveis como os envelopes e caixas de encomenda ainda antes de chegar ao balcão, mas enganei-me: dois minutos aqui são dois minutos.

Pedro

Comment c'est ici a Suisse

Aqui e ali surgem alguns aspectos da vida suíça que me maravilham. Um deles é, sem dúvida, a iniciativa Genève Roule que permite a qualquer pessoa usar uma bicicleta gratuitamente na cidade de Genebra. Existem quatro parques distribuídos pela zona histórica da cidade e em cada um se pode levantar uma bicicleta gratuitamente por quatro horas e deixá-la em qualquer um dos parques. Passadas as quatro horas, pagam-se apenas dois francos suíços por hora. No Inverno, mesmo com o frio e chuva, um dos parques mantém-se aberto. Estas bicicletas trazem um cadeado, capacete e têm mudanças manuais - nada mau para uma bicicleta gratuita.

O melhor disto tudo?  A iniciativa destina-se também a reinserção social de emigrantes e sem-abrigo que são, assim, os funcionários destes parques. Era bom que aplicássemos esta ideia em Portugal, não?

Pedro

Play it again, Sam

O bichinho estava cá dentro e depois do que vivi e cresci em Itália e nos Estados não tinha grandes dúvidas: queria voltar a viver no estrangeiro mas desta vez já não como estudante mas como profissional. Acho que a frase que melhor o descreve é a de um amigo que, quando lhe disse que tinha sido seleccionado para um estágio em Genebra, Suíça, e iria deixar o país, não comentou um vais para fora? mas um já vais para fora? Outra vez, sim. 


A Suíça surgiu um pouco de surpresa depois de algumas tentativas, umas bem sucedidas e outras não, e em menos de três semanas estava a mudar-me de Lisboa para a Genebra. Era um risco esta mudança mas a altura era a certa e, sobretudo, o país, a empresa e o projecto profissional eram os certos. Não por acaso na lata Campbell's onde tenho as minhas canetas estavam, há já alguns meses, uma bandeira dos Estados Uunidos e uma outra da Suíça. 

No meio disto tudo, há que dar os louros a quem os merece: este estágio e esta experiência de vida só são possíveis porque a AIESEC criou esta oportunidade. O resto foi be in the right place at the right time. Portanto, esta é a Swiss Season.

Pedro