26 June 2009

Long live to the king

Michael Jackson (1958-2009). Lembro-me muito bem de ver este vídeo quando era pequeno. Lembro-me muito bem de ouvir, ainda em Coimbra, há uns meses, um excelente especial da RUC sobre os 25 anos deste fabuloso albúm Thriller. Aqui fica uma homenagem a um grande trabalho e a um grande artista.

25 June 2009

Uma pequena grande notícia

Acabo de enviar a tese. Depois de duas semanas de intenso trabalhar nos últimos pontos de tese e ajustes no modelo e revisão do texto, a tese ficou concluída. Resta-me uma apresentação de 20 minutos na segunda-feira para recolher sugestões e depois poderei conhecer um pouco mais de Itália. E, para já, são estas as notícias - conto, com mais tempo, contar as novidades entre jantar internacional, regresso a San Marino ou as festas da cidade.

16 June 2009

Assim anda a minha tese

Depois de um regersso a San Marino e praia em Rimini no sábado, que fica por contar para já, voltei ao trabalho na tese. Falta pouco mais de uma semana até à entrega. Tempo para rever os últimos artigos teóricos e toda a bibliografia de apoio às análises estatísticas. Vou mesmo avançar pelo caminho mais ambicioso -talvez mais complicado, talvez mais prometedor - e refazer o modelo. Rezo para que o modelo não seja rejeitado pelos dados. Amanhã já devo ter um indicador do que me espera. Aos amigos e familiares que são religiosos, incluam-me lá nas orações e peçam um bom indicador de ajustamento para o meu modelo!
Hoje, entre a manhã, a tarde e agora a noite, estou aqui para uma pausa cerebral, conto umas nove ou dez horas de trabalho. Acho que os três cafés ajudaram. Por estas e por outras é que depois vemos o Paulo Portas no Expresso a dizer que toma seis cafés por dia...

My twilight zone moment

Quando de manhã, como de costume, fui buscar uma bicicleta ao parque apanhei uma surpresa. Não só faltavam todas as bicicletas como o próprio suporte onde elas costumam ser trancadas. No café em frente ninguém sabia de nada. Estaria eu a conhecer aquele momento, tão típico num filme de terror, em que o protagonista descobre que anda a alucinar e, na verdade, é ele próprio que anda a matar os seus colegas de trabalho mais irritantes?
Cinco minutos de caminhada até ao posto de turismo deram-me a resposta para este estranho fenómeno: o parque de bicicletas foi retirado porque vão organizar um protesto na praça e precisavam de libertar o espaço de obstáculos. Devem estar a aprender com os protestos em Teerão.
Parece que quando regressar já não vai ficar no mesmo sítio. Resta saber se vai ficar mais longe ou mais perto de casa.

12 June 2009

My twilight zone moment

Se há algo que aprecio na Ryanair é a clareza dos seus critérios para embarque de bagagens. Uma mala de mão até dez quilos e dentro das dimensões permitidas. Coerente com este rígido princípio, na partida para Valência, deixam-me levar uma mala e uma mochila às costas. No regresso, uma mulher à minha frente foi obrigada a colocar um saco de plástico com uma finíssima revista dentro da mala porque não podia transportar mais que uma peça na cabine. Clareza de critérios. Como dizia, é isso que eu gosto na Ryanair. Por estas e por outras, é que viajando com uma companhia desta categoria convém sempre levar espaço na mala de mão para meter lá a mochila...

Apontamentos de Valência

Com algum atraso, aqui segue o relato da viagem a Valência. Os agradecimentos costumam ficar para o fim, mas aqui vão, porque são bem merecidos, logo no início. Obrigado, Filipa e Leonardo, pelo modo como nos receberam, a mim e à Mariana, em vossa casa e na vossa cidade. Foi bom reencontrar-vos e foi bom saber que estão contentes com a vossa cidade. Bem o merecem e, com uma cidade assim, percebe-se porquê.

Confesso que quando cheguei a Valência esperava uma cidade simpática, mas pequena e antiga, praticamente limitado a um outro edifício mais mediático na Ciudad de las Artes y las Ciencias. Caso para dizer que devia ter feito o trabalho de casa. A Ciudad de las Artes y las Ciencias, desenhada pelo arquitecto espanhol Santiago Calatrava, que conhecemos da nossa Gare do Oriente em Lisboa, é muito maior, mais imponente e audaciosa do que eu esperava. Destaque para o Palau de les Arts Reina Sofía (casa da ópera) e para o L'Hemisfèric (cinema Imax).

O nosso primeiro contacto com ela foi à noite, num passeio em que o Leonardo e a Filipa nos apresentaram aos cantos deste espaço, que nasceu onde antes estava um rio. Aliás, o extenso jardim que nasceu no antigo caudal do rio foi uma agradável surpresa.


No segundo dia, guiados por algumas sugestões e um mapa, eu e a Mariana fomos descobrir Valência a pé. Mais uma vez, devia ter feito o trabalho de casa. As ruas do centro da cidade têm vida própria, encontrando-se facilmente lojas bastante alternativas que apenas esperaríamos encontrar em Barcelona. Valência é a terceira maior cidade de Espanha e isso nota-se. Pelas 11 horas da manhã, paragem para descansar e beber a típica orxata, uma bebida a lembrar um batido de frutos secos, servida muito fresca. Continuámos e subimos ao Miguelete, a torre da catedral da cidade, para apreciar a vista.



Depois, ao almoço, a Filipa e o Leonardo juntaram-se a nós para uma típica paella valenciana, com coelho e frango. Muito boa. O jantar, cozinhado pela Filipa, também estava muito bom e soube bem depois do passeio da tarde, que terminou de novo na Ciudad de las Artes y las Ciencias para um filme sobre as múmias do Egipto.



No dia seguinte, o último da Mariana em Valência, fomos ao L'Oceanogràfic, o oceanário da cidade. Muito interessante e muito divertido, sobretudo o corredor de vidro que passa por entre o tanque dos tubarões. Como se estivessemos no fundo do mar. Mas de uma forma mais segura, claro. Pena que, apesar do seu visível esforço a dançar, o Leonardo não tenha vencido o concurso para participar no espectáculo dos golfinhos. Leonardo, claramente o pai daquele miúdo da crista tinha comprado a apresentadora...


Na parte da tarde, despedi-me da Mariana e acompanhei o Leonardo e a Filipa a uma conferência. E, por sorte, dentro do tema da minha tese. Oficialmente, sempre posso dizer que fui lá para ver a conferência. Se resulta com colegas que não põem os pés nas aulas e andam, passo a citar, a "conquistar o Báltico" durante semanas, deve resultar comigo. A diferença é que eu não preciso disso. Mas voltando à conferência, é sempre bom ver outras investigações na área e discutir alguns aspectos e dúvidas idênticas às nossas. A noite terminou da melhor forma, conheci a Inmaculada, que tanto nos tem apoiado a todos nós, os alunos do mestrado das cinco faculdades. Muito simpática, divertida e acessível!

No dia seguinte, o último para mim, fui conhecer a faculdade de Psicologia. Estão bem instalado, sem dúvida! Apanhei o avião na hora de almoço, a paragem de metro vai directamente da faculdade para o aeroporto, e regressei à noite. Para trás, uns maravilhosos dias em Valência com dois amigos que não via há vários meses e a minha cara-metade. Cheguei a tempo de ver o Barcelona derrotar o Manchester, pelo qual torcia. Mas, depois de uma viagem tão boa, quem ficaria triste?

Uma daquelas ideias agradáveis..

Um pic-nic no Giardino Pubblico num sábado à tarde, entre estudo para exames e trabalho na tese. Com todos, por mero acaso, a comerem atum.

My twilight zone moment

Porque será que no dia em que, vendo um belo sol quente, decidimos sair com o computador portátil, numa das poucas vezes que o fazemos, acaba a chover? Ao menos, o coitado ainda funciona.

Slumdog Millionaire

Reunimo-nos há umas semanas na casa da Juliana e a Diana, provavelmente o único lugar fresco em Cesena ao final da tarde, para ver o Slumdog Millionaire. Um filme bastante original e divertido. E, diria, realista naquele retrato que faz de uma Índia de contrastes. Eu que não tinha visto o filme fiando-me na crítica do meu crítico preferido, que destilou ódio contra os alegados preconceitos e infantilidades deste, acabei por concluir que fui enganado. O filme é muito bom. Talvez não ao ponto de ganhar o Óscar de Melhor Filme contra uma obra do calibre d'A Dúvida, mas um filme que merece ser visto.

My twilight zone moment

Na semana passada saí da sala de estudo, onde tinha estado a preparar um exame, com calor e fome. Um gelado vinha mesmo a calhar, pensei. Mesmo com a fama dos gelados italianos, achei que esta a desculpa perfeita para, finalmente, descobrir onde fica o tal McDonalds de Cesena.

Seguindo as placas lá me pus a caminho. Cinco minutos de bicicleta. O que dá para perceber que aquela avenida tão agradável ali ao pé da faculdade acaba por se transformar numa réplica da N1 que passa pela Mealhada com direito a stands para vendas de automóveis usados, lojas de sofás e a sempre obrigatória loja de flores e vasos. Tivesse eu visto um cão de loiça à venda e não teria dúvidas: estava em Portugal. Depois disto, acham que me devia ter surpreendido por encontrar o McDonalds entre duas oficinas de automóveis?

My twilight zone moment

Enquanto procurava saber qual a distância entre Coimbra e Cesena com o Via Michelin, descobri através da sua simpática e redonda mascote que a viagem de carro, entre portagens e gasolina, ficaria por 300 euros. Resultado: acho que nunca mais me queixo dos preços dos voos da TAP a partir de Bologna...

Pastéis de nata a 2.000 quilómetros de casa

Contra todas as dúvidas e receios, o destacamento português em Cesena conseguiu fazer pastéis de nata para o jantar internacional. E engana-se quem pensa que comprámos uns congelados. O desafio foi muito maior - desde fazer o creme, estender a massa folhada, vigiar o forno.

Parabéns às comadres Catarina e Tânia, agora ilustres membros da Confraria do Pastel de Nata de Cesena, pela muito bem sucedida fornadas deste nosso doce português. Penso que isto nos garantiu, desde já, uns quantos ECTs...


Ponto da situação

Exames feitos e tese encaminhada. Com duas dezenas de artigos novos para analisar e uma nova etapa na construção do modelo estatístico e a discussão dos resultados pela frente, as próximas semanas serão para a tese e para um ou outro momento mais descontraído.

09 June 2009

Momento músical

Este é o ambiente da televisão italiana ao meio-dia com pessoas de meia-idade a cantar isto... Le Tagliatelle Di Nonna Pina!

08 June 2009

Quando os gostos se discutem

Três meses em Cesena. Acho que mudei - vocês dirão se sim ou se não. Não que tenha deixado de fazer certas coisas ou de gostar de outras tantas. Mas acho que faço mais coisas, gosto de mais coisas, mudei noutras.
Talvez o menos importante, mas um bom exemplo, é no que existe agora no meu frigorífico. Se em Janeiro dissesse que teria na minha prateleira iogurtes, comeria tomate fresco e apreciaria um presunto, acho que me ria. Ou pensava que aguentava dois dias, gloriosos e tolos, e voltava a odiá-los e a trocer o nariz. E, cá estou eu, para me desmentir a fazer saladas de tomate fresco com cebola ou a comprar, porque me apeteceu comer um, iogurtes no supermercado. E, sabem que mais? A gostar bastante.

Episode III: The Return of the Jedi

Está para trás o exame de Occupational Medicine. Mais pequeno que esperava. Mais fácil que esperava.
Aproveitei esta tarde para pôr as mensagens em ordem e comprar a viagem de regresso. Regresso marcado para 6 de Julho, ou seja, menos de um mês para deixar para trás Cesena e estes novos amigos. Custa-me pensar no momento em que o comboio partir e a estação ficar para trás. Não que a estação seja especialmente bonita. Não que a cidade seja especialmente grande ou mundana. Mas porque Cesena é Cesena e sempre será. Una cosa semplice e bela.

06 June 2009

O que me faz sorrir por estes dias

Chegar à Piazza Almerici para colocar a bicleta no parque, depois de um passeio agradável e de uma piadina em boa companhia, andar os restantes metros a pé para casa de mãos nos bolsos, com uma noite quente, com esta rua de casas tão italianas, mochila pelas costas e uma banda de jazz a tocar ao vivo no passeio em frente do café - que ainda consigo escutar aqui da janela. Priceless.

Ainda um recado

Este fim-de-semana muda a banda sonora mas continua o estilo de telegrama. A prioridade agora é Occupational Medicine, com exame na segunda-feira. Os dias estão maravilhosos e a vontade de estudar, sem surpresas, não é tanta. Salva-me a companhia para estudo e ir mudando de ares. Para já, o pic-nic de ontem fica por contar. Hoje de manhã experimentei a biblioteca aqui ao lado de casa e gostei. E tenho que voltar lá com a máquina fotográfica porque o local é mesmo fotogénico. À noite, fiz um break com uma piadina com o Sarvesh, e depois não resisti: vinte minutos a andar de bicicleta por Cesena, de manda curta, com uma noite muito agradável. Era demasiado cedo para a bicicleta ter ido para o parque e eu agora, ainda mais, quero aproveitar cada minuto aqui. Caramba, vou ter saudades disto...

[este é o meu ar por estes dias. regressei ao antigo corte da barba, o tal do Amílcar Cabral como meu Pai bem observou uma vez. parece que a opinião geral é boa. como dá para perceber a máquina fotográfica lá vai dando para me distrair no intervalo de estudo.]

01 June 2009

Um pequeno recado na porta do frigorífico

Um exame da faculdade. Um exame de italiano. Uma tese para terminar. Motivos para não escrever aqui nos últimos dias e, provavelmente, nos próximos. Fica este pequeno recado na porta do frigorífico para dizer que está tudo bem, que estou motivado e mesmo com este tempo de chuva se fazem pic-nics. Valência foi fantástica. Depois conto melhor. Entretanto, fiquem com o Happy Up Here, um muito alegre tema dos noruegueses Royksopp que me tem acompanhado nestas tardes de trabalho...