20 August 2009

Getting in touch with America,

A visão dos Estados Unidos como uma terra de oportunidades não é linear. Trata-se mais de uma situação no fio da navalha, no cutting edge, em que quem tiver sucesso tem tudo e quem não o tem não tem nada ou perde tudo o que tinha. Contudo, mesmo com todos os seus defeitos, esta é, acima de tudo, uma terra de oportunidades onde vale a pena viver, como me dizia o Anel.

Esta conversa com o Anel surpreendeu-me. Trazia comigo muitos mais estereótipos do que esperava. Na Europa tendemos a pensar que a América é simples e que os americanos são simples. Como personagens secundárias de um filme americano. Mas, a cada dia, a cada conversa, percebo que a América é mesmo um improvável melting pot - tão heterogéno como fascinante.

Uma terra de oportunidades onde muitas vezes, como o meu colega encontrou em empresas em que trabalhou, não basta ser-se o melhor, há que se ter os contactos certos, e onde ainda existe alguma discriminação. Onde existe alguma resistência à inovação e novas ideias. Onde a população é céptica relativamente às reformas sociais e morais de Obama. Onde o individualismo mina muito do trabalho de grupo nas empresas, projectos das organizações e um projecto de justiça social.

Mas este é também um país onde, face à crise, as empresas se regeneram e implementam mudanças. Um país onde as empresas caminham para a inovação, para uma maior abertura e para novos objectivos e práticas. Um país onde quem tenha ideias e projectos pode, facilmente, lançar uma empresa, seja ele de consultoria, serviços ou outros. Sem andar a ter aulas, ando a aprender muito por estes dias.

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