21 March 2009

Orgulho

Como estudante da universidade de Coimbra, que frequento há três anos, nunca senti uma ponta de orgulho por estar numa das universidades maiores da história ocidental. Oitecentos anos de história. Nada. Um facto. Um número. Bologna é a segunda universidade mais antiga do mundo, apenas precedida da de Fez, em Marrocos. Fundada em 1088. Um facto. Um número.

Mas hoje posso dizer que me senti verdadeiramente orgulhoso de estudar na universidade de Bologna e, futuramente, ter um mestrado pela mesma. Não pela sua idade. Não pelo seu reconhecimento internacional. Não pela cidade onde está. Mas pelo que aconteceu aqui. Enquanto em Paris se fechava entre nobres e clero, ensinando a uns filosofia e a outros teologia, como os professores queriam e apenas assim, Bologna abria-se ao mundo. Ensinando ciências, leis, medicina e o que os alunos entedessem ser necessário. Uma universidade pública, aberta a todos os que a pudessem pagar, independentemente do género, religião ou crenças. Uma univeridade onde na Idade Média ensinavam professores judeus, muçulmanos e até mulheres. Bastava ser-se talentoso. Bastava merecer-se. Tudo em nomes dos alunos. E eu só me posso orgulhar de estudar numa universidade com tal História...

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